Feliz e Santo Natal!


A você que visita este blog desejo um Natal com muita alegria e paz!Jesus, nosso Salvador, nasceu! Caminhemos com esperança em 2010 e que seja um ano cheio de bênçãos para todos nós!

As estações da vida


Na aurora da vida
Tudo é primavera, cor e alegria
O coração bate cheio de sonhos,
Feliz a gente acredita
Que os realizará um por um, nalgum dia!

Como o sol que vai subindo
Em direção ao meio dia,
A vida alcança o verão.
O corpo, cheio de energia,
Trabalha com ardor e paixão.

Vem a tarde, mais tranqüila,
Agora o outono desfila.
Uma calma brisa
Suaviza num corpo mais cansado
A tristeza de cada sonho não realizado.

Com a noite o frio chega,
O inverno bate à porta.
O que agora nos importa?
Não se pode viver só de lembrança.
Com realismo, alegremo-nos com o que ainda temos,
E entre o que nos resta (e não é pouco)
Estão a fé, o amor e a esperança....

Cantiga de Advento


Venha, Salvador de todos os povos!
Filho reconhecido de uma virgem,
Fato que a todos maravilhou.
Assim nascido por desígnio Divino.
Dorme em paz na manjedoura, ó Deus menino!

Deixando seu lugar tão especial,
Na sala do trono celestial,
Deus da natureza e da humanidade, um salvador,
Apressou-se em cumprir sua missão de amor.

Seu caminho procedeu do Pai
E no final a Ele retornou.
Desceu às profundezas,
E depois, a direita do Pai ele se sentou.

Sua manjedoura reluz clara e brilhante,
Uma nova luz à noite veio trazer.
Ali a escuridão não consegue entrar
Pois a fé permenece sempre a brilhar.
Que nosso coração seja sua manjedoura, ó Deus menino!

Louvado seja Deus, Pai criador,
Louvado seja Deus, seu único Filho, nosso redentor,
Louvado seja Deus, Espírito Santo,
Para sempre e por toda eternidade!

( Tradução baseada em Nun komm, der Heiden Heiland (Texto: Martinho Lutero séc.XVI) inspirado no hino "Veni redemptor gentium" de Santo Ambrósio(séc.IV) )

Lavinha!



- Como é o seu nome?
- Lavinha!
Quem me respondeu foi uma bela menina de uns 3 anos de idade. “Lavinha” ou Lavínia ( como é realmente o seu nome) tem cabelos cacheados, pele alva e expressivos olhos castanhos. É bastante comunicativa. Conversa com quase todas as pessoas que encontra nos passeios à tarde, nos jardins do prédio onde mora.

Criança não tem preconceito. Mas costuma ignorar outra criança que ela perceba ser “diferente”, com quem não consiga um entrosamento para brincar normalmente. Quase sempre não puxa conversa, nem se aproxima por livre vontade do coleguinha com deficiência, sobretudo se esta for mental . Creio que pense assim:- Ah, ele não sabe brincar...
Mas, Lavinha parecia não se importar com isto. Quase todos os dias, quando passava por mim e meu filho, que quase não fala, bastante atrasado mentalmente, ela olhava para ele e o cumprimentava :
- Oi, Danilo!
Agradecida e emocionada pela atenção dada a ele, eu sempre puxava conversa com ela. Meu filho, às vezes, esboçava um sorriso e ficava olhando para a menininha. Noutras vezes ele respondia um “oi”, mas bem atrasado, depois que a ela já tinha ido embora.

Lavinha mudou-se para uma casa, num bairro distante. A mãe estava esperando outro bebê. Um bom tempo depois, a sua família retornou ao prédio para visitar amigos e agora já trazia a irmãzinha de Lavínia, que recebeu o nome de Letícia.
- Oi, Lavínia! – falei assim que a avistei.
- Oi! - respondeu ela. E, olhando longamente para o rapazinho que estava comigo, disse:
- Ah, é o Danilo? Oh, pensei que ele já tinha sarado ....

Homenagem à mulher francesa

Um belo rosto, uma grande atriz - Marion Cotillard! ´Quem assiste ao filme La môme (Edith Piaf - um hino ao amor) fica encantado com sua atuação. Ninguém se lembra da atriz, de seu rosto... No filme ela "é" a própria Piaf, em tudo... Foram merecidos todos os prêmios que recebeu como melhor atriz: Oscar, Globo de Ouro, Bafta, César.
Uma biografia bem feita da sofrida e conturbada existência dessa grande cantora francesa, que terminamos de assistir com lágrimas nos olhos e refletindo sobre a fugacidade da vida. O que fica? O que deixamos de nós quando partimos?

Dia das crianças

Abençoa, Senhor, todas as crianças!
As crianças ricas, que parecem ter tudo, quando muitas vezes não têm o que é mais importante...
As crianças pobres, que passam tantas necessidades e têm tantos sonhos....
As crianças com alguma deficiência, que nos dão uma lição de vida, pois conseguem ser felizes com tão pouco...
As crianças que são obrigadas a trabalhar, que muito cedo conhecem as dificuldades da vida...
As crianças que brincam no pátio das escolas e podem ter uma infância feliz...
Abençoa e protege, Senhor, as crianças vítimas de alguma violência em casa ou nas ruas...
Ajuda-nos, Senhor, a manter viva em nosso coração a criança que fomos um dia!

"E Jesus disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus." (Mt 18,13)

22 de setembro

E o anjo da primavera carrega, gentilmente,
Um frasco cheio de esperança,
Que um pouco em cada coração faz derramar.

A primeira chuva, enfim!

Enfim a primeira chuva!
A seca foi vencida.
A terra úmida agradece
Renovando as promessas de vida.

As árvores respiram aliviadas,
As folhas empoeiradas recuperam a cor.
O verde brilha também nos brotos,
Anunciando a primavera com vigor.

Livre da névoa seca
O céu, à noite, exibe estrelas mais brilhantes.
A brisa da manhã sopra suave e fresca;
O sol transforma as gotas de orvalho em diamantes.

A natureza festeja mais um ciclo,
O coração se abre em gratidão.
Enquanto a chuva cai mansa e amena;
Uma prece sobe aos céus em alegria serena.

Na primavera da vida

Na primavera da vida,
Estrada florida,
O abraço que perdura...
Além de dar conforto e guarida,
Um abraço também cura,
Quando é dado com ternura.

Pastora do céu

Pastora do céu,
Tuas ovelhinhas brancas,
Pequenas nuvens ,
Seguem-te no passeio,
Desta noite linda e clara.

Rainha da noite,
Teus diamantes
São as estrelas;
Flores reluzentes
De teu jardim encantado.

Olho-te da janela,
Aguardando o sono...
Nesta noite serena
O coração se veste de branco,
Anjo paz e de ternura,
Voa contigo livre de toda amargura.

Neste mês, homenagem à mulher húngara

Este belo rosto é da húngara Regina Vereb.

Em agosto, recordamos um pouco a história da Hungria ao ler a biografia de Santo Estêvão I (Szent István király, em húngaro), seu rei cristão que conseguiu unificar as trinta e nove tribos magiares, até então hostis entre si, fundando o povo húngaro. Este rei morreu em 15.08.1038, dia da Assunção de Maria. Seu dia é comemorado na Hungria, pela igreja católica, em 20 de agosto, data em que foi canonizado em 1083.

O dia em que a Luischen sumiu




Sentindo falta da filha de cinco aninhos,
Sua mãe, aflita, se põe a procurá-la.
Um por um, da praça todos os vizinhos
São visitados inutilmente.
Ninguém consegue encontrá-la.

Tenho que ir mais longe, pensou.
E a mãe, virando a esquina,
A um rapaz sentado na calçada perguntou:
- Você viu a Luischen, minha filha?
Ela sumiu há algum tempo já...
E o rapaz trouxe o alívio tão desejado:
- Sim, entrou há pouco na casa de D.Naiá.

A mãe, com espanto feliz, corre até lá.
- Como pode ter chegado ali, sozinha?
- Nunca foi à casa desta vizinha!
Bate à porta, entra e vê a menina:
Sentada à mesa, toda contente,
Com um prato de belos cajus a sua frente.

- Ela bateu à porta e me pediu cajus;
O pé está carregado, fruto maduro,
Ela deve ter visto de seu quintal, por cima do muro!
Esclareceu, sorridente, a vizinha.
Também sorrindo a mãe a agradeceu
E sua filha só um pouco repreendeu,
Admirando-lhe a coragem
De ter ido buscar sozinha, pela porta da frente,
O que desejava tão ardentemente.

O fordinho do circo


Quantas boas lembranças das férias na infância em Morrinhos! Vinham de S.Paulo um casal de primos e sua mãe, minha alegre tia. A casa ficava em festa! Passeios para tomar banho de córrego à tarde, histórias de assombração à noite, brincadeiras o dia todo! Nosso cenário preferido - o grande quintal onde, debaixo da velha mangueira, uma oficina mecânica nos atraía pelos "perigos" ali representados pelas ferramentas, pela rampa onde subiam os carros... Tudo bem mais interessante que os inofensivos brinquedos comprados na loja. - Não mexa aí, menino! - Não suba correndo, menina! As ordens de nossas mães não eram sequer ouvidas.
Numa tarde, um fordinho do circo foi deixado na oficina para conserto. Não terminaram o serviço e o carro teve que passar a noite ali. O olhar curioso de três crianças aguardava uma oportunidade para tocar com as mãos o que os olhos viam. Enquanto nossas mães preparavam o jantar - e os mecânicos já tinham ido embora - corremos para lá e começamos a explorar o veículo mágico. E foi assim: entra no carro; sobe aqui, desce ali; aperta um botão - espirra água do radiador; aperta outro - o carro dá um tiro! Risada geral! Era uma festa! De repente, alguém puxou uma pequena alavanca e minha prima "vazou" por uma cavidade que se abriu sob o lugar onde estava sentada. Seu joelho se feriu na queda, corte profundo. Choro, gritaria, bronca de mães...
A dor passou, o fordinho foi embora com o circo... Mas, até hoje, permanece a cicatriz no joelho da prima mais sapeca e, no coração dos três, a alegre lembrança daqueles dias de férias.

Um livro para reler...


Às vezes algumas “pérolas” caem em nossas mãos por acaso. Assim aconteceu com o livro Lua de Primavera, de Bette Bao Lord. Foi comprado num passeio de férias, pela beleza da capa e do título. Nenhuma recomendação, autora desconhecida... E - que feliz surpresa! - uma história que ficou no coração, para ser lembrada com carinho; um livro que permanece na cabeceira, para ser relido com prazer...
Trata-se de um romance de rara beleza e simplicidade. Narra a vida de uma mulher chinesa chamada Lua de Primavera, cuja existência ultrapassou noventa anos. Acompanhamos os acontecimentos de sua vida e dos demais personagens a ela ligados, paralelamente aos fatos históricos da civilização chinesa. Desde 1892, quinto reinado do Imperador Huang Hsu, passando pela longa revolução, até a década de 70... Mergulhamos no mundo fascinante e misterioso desta cultura oriental, onde os sentimentos estão subordinados ao dever, à honra, às tradições. A vida se nos apresenta com todas as suas cores e dores, na qual poesia e história caminham juntas.

“No fim, sempre capitulamos... à tradição, aos estrangeiros, à família, à autoridade, ao dever. A tudo e a todos, vivos e mortos, menos às nossas necessidades, aos nossos sonhos, às nossas emoções!”
“Afinal de contas, quem pode realizar cada sonho? Para muitos, uma ilusão, mesmo por pouco tempo, é bastante.”

16 de julho - Morrinhos - 164 anos de história

Nascimento de S. João - Verdades e lenda se completam


Maria, antes de Jesus nascer,
Levando-o já no ventre,
Sua prima Isabel foi visitar.
Uma tão jovem, a outra de idade avançada,
Uma à espera do Salvador,
A outra de seu precursor...

Na saudação de Maria, na alegria do abraço amigo,
O menino de Isabel exulta em seu ventre,
E o Santo Espírito a faz exclamar:
“- Você é bendita entre as mulheres,
E bendito é o fruto de seu ventre!
Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?”

E Maria se põe a dizer:
“A minha alma glorifica o Senhor,
“E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador...”.
E completou o Magnificat, seu belíssimo canto!
Quem ainda não o conhece
Em Lucas 1, 46-55 lerá esta prece.

E Maria, por três meses com Isabel ficou...
Tudo isto sabemos porque Lucas,
Depois de fazer cuidadoso estudo
De tudo o que aconteceu desde o início,
Esta narrativa nos deixou.

Mas uma lenda esta história veio completar,
Dizem que ao se despedir de Isabel
Maria, preocupada, falou:
- Como ficarei sabendo que o menino nasceu?
Isabel, num sorriso, sua prima tranqüilizou:
- Farei uma grande fogueira,
Assim, de longe, você poderá vê-la.

- Um mastro também erguerei,
Um boneco sobre ele irei colocar.
E assim todos saberão
E também você, Maria,
Que nasceu o pequeno João,
Que a Zacarias e a mim traz tanta alegria!

Diz a lenda que Isabel cumpriu sua promessa. E este costume se mantém até hoje. Nas comemorações do dia de S.João, principalmente no interior, depois da oração do terço ou da missa, acende-se uma fogueira, normalmente alta. Um mastro com a imagem de S.João no topo é erguido ao som de estouro de foguetes e gritos de “Viva S.João!”.

Lembranças de uma quadrilha junina


A festa junina sempre foi o acontecimento do ano para as alunas do colégio das irmãs na pequena cidade do interior de Goiás. A dança da quadrilha era esperada com ansiedade, inclusive por mim. Como era uma escola feminina, os pares eram formados com a presença dos alunos do colégio dos padres, o Ginásio Senador. Um mês antes eram enviados à escola das moças os nomes dos rapazes do Ginásio que queriam participar da quadrilha. Fazia-se, então, um sorteio...

Numa fria sexta feira de maio estávamos reunidas no pátio para o bendito sorteio. Fui a primeira a pegar o papelzinho e li: - Samuel. ( Como será ele?) Não o conhecia, nem minhas colegas do lado, que também tiraram o nome de seus pares: Divina ficou com Paulo César, Cleide com Vanderlei... Minha colega Gislene, ao pegar seu papelzinho, leu o nome em voz alta, soletrando as sílabas. Talvez estranhasse o nome que era: - Al-ce-bí-a-des. Imediatamente apareceu alguém dizendo: - Troca comigo! E uma outra: - Não, troca comigo, saí com meu primo, não quero dançar com ele. Gislene, espantada, pensou um pouco, deu um sorriso e disse: - Não, ele deve ser bonito, senão vocês não iam querer trocar.

Primeiro dia de ensaio da quadrilha. Moças e rapazes reunidos na quadra de esportes. Uma colega me procura: - Maria, você tirou o nome do Samuel, mas ele mandou lhe avisar que tem namorada neste colégio e quer dançar com ela. E Maria ficou ali, sem par... Porém, o marcador da quadrilha nos reuniu no centro da quadra e disse: - Neste ano vamos mudar a forma de organizar os pares. Façam as duas filas por ordem de tamanho. Assim o fizemos. Eu, apesar de ser uma das mais novas, era uma das mais altas. As filas se aproximaram uma da outra e formamos os pares. E quem ficou do meu lado? O belo e cobiçado Alcebíades!(Que sorte!!!) De fato, ele era o rapaz mais bonito da turma. Alto, moreno claro, ombros largos, fartos cabelos lisos e escuros, olhos de um castanho esverdeado, sorriso simpático...

Segundo dia de ensaio da quadrilha. Fui uma das primeiras a chegar. Uma das moças se aproximou de mim e disse: - O Alcebíades mandou lhe dizer que não vai dançar com você. Ele quer dançar com uma moça e você é menina. (Fazer o que? Eu tinha boa estatura e corpo de moça, mas apenas onze anos!). E lá ficou Maria, sem par novamente... Porém, no início do ensaio, arranjaram-me um novo parceiro: Luiz Antônio, primo do Alcebíades. Semelhante a ele apenas na estatura e na idade. Era um rapaz sério, calado, que não tinha namorada, nem se importou de dançar com uma menina. Não faltou aos ensaios e estava animado e alegre no dia da apresentação.

A festa junina daquele ano, no Ginásio Maria Amabini, foi um sucesso. A dança da quadrilha, inesquecível para todos os participantes. E o belo Alcebíades? Acabou não dançando com ninguém e creio que nem compareceu à festa...

E um anjinho era menino...


Amigas de infância, amigas para sempre. O que significou o tempo? O que levou a distância? Nada... Ao se encontrarem a alegria é sempre a mesma. Assuntos para conversar? Nossa, são intermináveis...

Ficou na lembrança, uma história deste tempo em que era bastante comum , nas procissões, as mães vestirem suas filhas de anjo para participarem delas. As meninas usavam uma túnica de cetim branco, asas feitas de papel crepom ou com penas brancas de aves e também apresentavam uma tiara com uma estrela reluzente, no alto da cabeça.

Contam que, após o término de uma procissão em homenagem à padroeira da cidade, enquanto se aguardava o início da missa campal, uma turma de anjinhos ( ou seria melhor dizer: “anjinhas”?) resolveu ir até o terreno baldio que ficava atrás da casa paroquial para fazer pipi. Todas se agacharam segurando parte das vestes brancas para que estas não se sujassem, nem ficassem molhadas. Mas um pequenino anjo, de rosto delicado, com longos e cacheados cabelos loiros, ergueu a túnica e, permanecendo de pé, começou a fazer pipi.

- Nossa, tem um menino aqui! – gritou uma delas. Esta surpresa fez com que elas saíssem correndo, assustadas. O anjinho, com inocente espanto, observou a debandada, e pôs-se a correr também, atrás da turma.

Um pouco de história e lembranças...


A escritora Zilda Diniz Fontes, preocupada com a cultura e a história de sua terra natal, escreveu o livro - Morrinhos: de Capela a Cidade dos Pomares. De fato, a pequena igreja, dedicada a Nossa Senhora do Carmo, que Antônio Correia Bueno fez construir em sua propriedade, ao sul de Goiás, onde chegou na metade do XVII, foi o núcleo de um povoado que mais tarde se tornou cidade. Em 1845 o povoado foi levado a Distrito, com o nome de Vila Bela de Morrinhos, por causa de três pequenos morros existentes nas cercanias da cidade: Morro do Ovo, Morro da Cruz e Morro da Saudade. Em 1882, o Distrito foi elevado definitivamente à condição de município, agora denominado Morrinhos.

A foto acima apresenta a referida igreja, denominada Matriz de Nossa Senhora do Carmo, como era em 1931.

O largo à frente da igreja foi cenário para muitas celebrações, festas, apresentações da banda do maestro Vicente... Ouviu muitas risadas, gritos de meninos e meninas que ali brincavam e jogavam futebol, “queimada”, “bete”... Viu o sorriso feliz de meu pai quando passava “correndo” a 30km/h em seu Ford 29.
Quando a seca se prolongava os moradores rezavam ao pé do cruzeiro, colocado quase no centro do largo. Traziam flores e regavam o pé da cruz, pedindo chuvas. Uma tradição que se conservou por muitos anos.
Nos anos 60, uma estrada cortava o gramado em diagonal e era usada também como pista para corridas de bicicleta. Como era difícil frear na descida, por causa do cascalho derrapante! Quantos tombos, meu Deus! Quantas boas lembranças!

O sino da Matriz

Na torre da Matriz,
À tardinha,
Bate o sino
Que animadamente convida
A turma do padre Lino.

São meninos e meninas
Da Cruzada Eucarística,
No largo da igreja, felizes a brincar,
Antes da reunião começar.

Padre Lino, sempre de batina,
Alegremente dirige os folguedos;
Joga bola, pula corda – não se cansa!
Tem alma de criança!

Nas manhãs de domingo, na missa,
De branco e amarelo fica a igreja enfeitada,
Mais da metade dos bancos,
Só para acomodar a meninada.

Na torre da Matriz,
Hoje diferente, pois o tempo tudo muda,
O mesmo sino, quieto, se cala,
Mas na lembrança, em meu coração, ainda bate...
Também eu fui da turma do padre Lino.

(foto da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, anos 60...)

Homenagem à mulher sul-africana

A África do Sul é famosa por sua diversidade cultural, linguística e religiosa, com 11 línguas oficiais, reconhecidas por lei. É também conhecida como "nação arco-íris" pela variedade de raças . Possuidora de paisagens muito belas onde vivem animais como leopardos, zebras, elefantes, girafas... Em contraste a tanta beleza natural, possui um dos maiores índices de pessoas portadoras do vírus HIV.
A atriz Charlize Theron, preocupada com a qualidade de vida da população de seu país de origem, principalmente dos afetados pela AIDS, criou o Charlize Theron Outreach Project, em parceria com a Entertainment Industry Foundation , cujo trabalho é voltado para a saúde e educação.

No campo: crepúsculo e aurora

- I -
Venha comigo e me dê a sua mão...
Fechemos nossos olhos e respiremos a vida!
O ar é morno e puro.
O capim e as ervas espalham seu aroma silvestre.
A brisa nos traz ora o perfume das folhas de
eucalipto,
Ora o exótico odor da flor de maracujá.

De olhos ainda fechados, ouçamos os sons da vida!
São tantos os passarinhos-notas e timbres tão
variados!
Uma mistura desordenada que resulta numa harmonia
perfeita!
Nem todos os sons são suaves: um bando de periquitos,
Pousados na mangueira, produz alegre algazarra.
Podemos ouvir, também, o canto das cigarras,
E algum grilo que aqui e acolá começa a saudar o
anoitecer.

Abro os olhos e vejo todas as cores do crepúsculo.
Percebo que estou sozinha, com a mão vazia...
E todos os sentimentos se diluem
Numa imensa saudade.


- II -
Venha comigo e me dê, de novo, a sua mão...
Fechemos nossos olhos e novamente respiremos a vida!
O ar é agora puro e fresco.
Há um cheiro de terra molhada...
A umidade do orvalho nos traz o agradável odor da
relva
Ao perfume das folhas de eucalipto e da flor de
maracujá
Mistura-se o aroma doce das flores de laranjeira.

Ouça, os sons da vida estão ainda mais vibrantes!
Há uma nota de alegria no canto dos passarinhos.
Um vento manso nos permite ouvir a dança das folhas.
Que som estranho é esse?
É o barulho das asas dos tucanos que passam voando
baixo.
Um galo canta ao longe, outro responde mais perto.
Uma galinha cacareja, animadamente, avisando que
Botou um ovo.

Abro os olhos e vejo o sol, que nasceu há pouco.
Vejo que estou sozinha, com a mão vazia...
Mas não me sinto só...
Começa um novo dia;
E a esperança se junta à saudade
Para me fazer companhia...

Devagar pelo céu...



Ó Lua, branca e linda,
Que caminhas tão serena,
Deixa-me imaginar
Agora, que é noite ainda,
Que vou contigo,
Devagar pelo céu.

As estrelas saudaremos,
Para todas sorriremos.
Como duas amigas,
Alegremente
A passear,
Devagar pelo céu.

Tem gosto de paz,
Sonho e fantasia,
Este breve passeio,
Que em noite clara se faz...

Ah, se não fosse a poesia,
Eu não voaria,
devagar pelo céu...

8 de março - Dia Internacional da Mulher



A data é comemorada desde 1910, em homenagem às mulheres que morreram assassinadas numa fábrica de tecidos, situada na cidade de Nova Iorque, por reivindicarem melhores condições de trabalho.
O dia 8 de março começou a ser comemorado em 1910, mas somente em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.
Aproveitemos a data para refletir sobre a condição da mulher no mundo de hoje, principalmente nos países onde o desenvolvimento ainda tarda.
Parabéns a todas as mulheres, de todos os países !

Homenagem à mulher norte-americana


Os Estados Unidos possuem uma das populações mais multiculturais do mundo, em termos de descendência étnica e racial. Jennifer Connelly, por exemplo, é uma atriz norte-americana de ascendência irlandesa, polonesa, norueguesa e russa.

Paciência e Esperança




Diz uma historinha que o diabo possuía uma loja, na qual vendia suas armas.
Ficavam expostos na vitrine todos os vícios e sentimentos negativos. Um dia, um senhor entrou na loja e começou a olhar as mercadorias; parecendo interessado em comprar algo. O vendedor lhe exibiu os artigos da vitrine, porém, o comprador não se entusiasmou por nenhum deles. Perguntou então:
- Por que você não me mostra o que está escondido atrás do balcão?
– Esta arma não vendo de jeito nenhum! - falou o diabo. Com ela eu consigo tudo que quero. É o desânimo!
E o anjo, que entrara disfarçado na loja, foi embora, pensando:- Ainda bem que o Senhor deixou aos homens duas virtudes para combater esta arma tão poderosa. São a paciência e a esperança. Com a paciência podem enfrentar situações difíceis, sem perder a calma interior; podem ser mais tolerantes com os defeitos dos outros ; podem aceitar com serenidade as recaídas de uma doença crônica... Com ela aprenderão que tudo tem o seu tempo e que a pressa só traz ansiedade, pois nem sempre o caminho mais curto é o melhor.

Com a esperança os homens manterão a alegria no coração, terão sempre uma luz a brilhar no horizonte, mesmo nos momentos de tempestade, de escuridão.

Onde reina a paciência e brilha a esperança o desânimo não entra, jamais!
Sem esperança não se vive. Sem paciência não se vive bem.

Homenagem à mulher russa

Disse-me, um dia, uma senhora russa, que tinha mais de oitenta anos de idade:
" O problema na Rússia sempre foram os governos; seu povo é bom, alegre e acolhedor."

Bola de Pano


                                (poesia de José Luiz Nemes)
"Os pés descalços, em folia.
Que alegria!
O bando da rua Alvim,
De bola pobre e vida cheia,
Com ânsias, no coração
A gritar,
Para o jogo começar.

A menina, brinde no portão,
Em botão!
Sob a roseira, princesa em flor.
A murchar, o velhinho,
Sentado, ofegante.
A rua,
Para campo se faz nua.

A meia, bordada a fiapos.
Que trapos!
Correndo em festa,
Dá vida a uma fada.
Os olhos distrai
De quem
Do sorriso não vai além.

O sol cobiçado em profusão:
Que bolão!
Mas... algum desastre, na certa
Apitou o final, na confusão.
Do corre-corre ao alarme
Foi morte
De qualquer janela sem sorte.

Hoje a rua de nome mudou.
Se doutorou!
A flor, na paz da ternura
Ao mundo se abriu.
A tristeza não esqueceu
A lembrança
De quem já descansa.

De luto o campo se vestiu.
Ressentiu!
A meia, que era inteira,
Retalhos de couro virou.
A saudade embala
O sabor
Que em tudo punha cor."

Homenagem à mulher inglesa

Embora seu nome confunda a muitos, pensando tratar-se de uma atriz francesa; Jacqueline Bisset nasceu em Weybridge, Surrey, na Inglaterra e teve que estudar para aprender o idioma francês.

Sua natação subaquática nas cenas no filme "The Deep" inspirou a nível mundial a paixão pela T-shirt molhada. A revista Newsweek a declarou "a mais bela atriz filme de todos os tempos". No entanto, ela odiava as cenas da T-shirt molhada porque se sentia explorada. No momento da filmagem ela não fora informada de que os cineastas iriam filmar as cenas de tal forma provocadora, e por isso ela se sentia enganada.

Sua frase: "O caráter complementa a beleza, ele dá forças a uma mulher quando sua juventude fenece."

Homenagem a uma mulher especial

Dia 25 de janeiro de 1915
Nascia Ana Nicolayvna, minha mãe.
Saudades da ternura de seus olhos azuis, quase violeta;
Do carinho de suas mãos, de seu abraço;
Da sua alegria, de seu sorriso cheio de amor...
Nesta foto ela estava com vinte e quatro anos.

Uma homenagem à mulher brasileira


Mulher brasileira
Do agreste, dos pampas,
Do cerrado, da floresta e da cidade;
De beleza tão variada,
Numa só nacionalidade.