Álbum de recordações...
"Maria Luiza:
É o fogo e não a fumaça do fogo, que nos aquece. É o navio, e não a sua esteira, que nos transporta. Deves descobrir o teu eu verdadeiro, não na espuma excitada pelo choque de teu ser com os entes que te rodeiam, mas na alma, que é o princípio de todos os teus atos; nas invisíveis profundezas de teu ser, e não na reflexão exterior de teus atos.
Estás vivendo a fase mais bela de tua vida. Esta juventude exuberante, juventude irradiante, juventude... semente do amanhã de teus dias, não pode fenecer com o decorrer dos anos. Deves conservá-la em toda a sua explosão, orientando-a sempre para o bem e para o amor. Para o BEM (com letras maiúsculas), que só pode ser Deus e para o AMOR (também maiúsculo) que quer dizer busca do outro e não, apenas, buscar-se nos outros.
Na primavera...
coração, uma palavra de carinho...
Seja feliz. Viva a alegria. Sonhe!
Contemple as flores. Sorria ao canto das aves.
Deixe-se envolver pela natureza!
Queime-se ao sol. Imagine as belezas do futuro. Corra
ao som da brisa suave!
Erga as mãos para o céu. Dance com as folhas das
árvores. Olhe as estrelas!
Abrace o horizonte. Admire o crepúsculo. Curta a
noite!
Receba carinho. Renove a esperança. Distribua alegria!
Respire a vida. Cante a paz. Agradeça a Deus!
A criação do mundo
A narrativa bíblica da criação do mundo não é um tratado científico. É um poema que contempla o universo como criatura de Deus, escrito pelos sacerdotes no tempo do exílio na Babilônia (586-538 a.C.). E ressalta o seguinte:
- Existe um único Deus vivo e criador.
- A natureza não é divina, nem povoada por "divindades".
- A humanidade é o ponto mais alto da criação: homem e mulher, feitos à imagem e semelhança do Criador e chamados a dominar, transformar o universo, participando da obra da criação.
- O ritmo da vida é trabalho e descanso.
Toda a criação é marcada pelo selo de Deus: "era bom.....muito bom". E muito belo!
A criação do mundo ( uma pitada de humor)
O bom Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Descansou? Bem, enquanto tirava um cochilo, alguns animais foram até Ele para reclamar de algo. A primeira foi a girafa:
- Senhor, fui feita com o pescoço muito comprido; quando caminho pelas florestas os galhos das árvores me atrapalham.
O Senhor lhe disse: - Você é um animal privilegiado, pois jamais será surpreendido pelo inimigo, porque daí do alto você consegue enxergar longe. E a girafa foi embora satisfeita.
Veio, então, o elefante: - Senhor, por que me fez tão grande? Mas o que mais me incomoda é esta tromba enorme.
- Caro elefante, falou o Senhor, você é o único animal que pode tomar banho de ducha quando quiser, bastando para isto um pouco de água. E a tromba também lhe serve de talher, para levar alimento à boca. E o elefante também foi embora contente.
Quando o bom Deus já estava fechando novamente os olhos para cochilar, ouviu o cacarejar de uma galinha. Ele então falou:
- Você também veio reclamar de alguma coisa, galinha?
- Não, Senhor, falou ela, eu vim para Lhe fazer um pedido.
- E qual seria? - falou o Senhor. Ela lhe respondeu:
- Estou com dificuldades para realizar minha tarefa. Ou o Senhor aumenta o buraco ou diminui o tamanho do ovo!
Moça bonita, retrato bonito
Seu Braga, como era conhecido, foi fotógrafo numa pequena cidade, no tempo em que as pessoas não possuíam câmeras fotográficas. Quem quisesse ter uma foto dependia dos serviços deste profissional. As fotos normalmente eram feitas em momentos importantes da vida das pessoas. Casamentos, batizados, aniversários... Era comum ver famílias inteiras comparecerem ao seu estúdio. Pais queriam uma lembrança dos filhos quando bebês, com um ano e depois uma ou outra foto ainda na infância. As jovens gostavam de ser fotografadas e, com amorosas dedicatórias, entregavam suas fotos aos namorados.
Os clientes do fotógrafo eram, às vezes, exigentes. Soube-se que, certa vez, após fotografar uma senhora desfavorecida pela sorte quanto à beleza; seu Braga ouviu-a reclamar do resultado obtido pela máquina fotográfica. Bastante gozador e sempre com uma resposta na ponta da língua, ele disse:
- Moça bonita, retrato bonito...
E não completou a frase, pois a senhora entendera o que ele quis dizer.